Daniella Caviglia de Carvalho tem 42 anos e mudou-se com a família para a Flórida há 8 meses, em busca de mais educação e segurança para os filhos. Não à toa, ela escolheu Windermere. O município é basicamente um conjunto de lagos, cercados de terra por todos os lados. “A cidade em que moramos é maravilhosa, muito calma, onde as crianças podem ter uma infância mais livre e crescer em um ambiente mais sadio”, conta. Anteriormente dominada por fazendas de laranja, transformou-se rapidamente em um dos endereços mais nobres das imediações locais.

Com a chegada do coronavírus, a região entrou em “lockdown”, ou confinamento em português. Os parques temáticos, hotéis e centros de entretenimento estão fechados desde meados de março. “Aqui em Orlando, a vida gira em torno de turismo, dos parques da Disney e dos outlets. É bastante estranho ver tudo fechado. Sentimos a calmaria no ar. Uma atmosfera estranha na terra do tio Sam”, resume Daniella.

A ordem para ficar em casa no condado de Orange, onde fica a cidade, entrou em vigor no dia 26 de março e vale para 13 municípios do condado, algo em torno de 1,3 milhão de habitantes. Fazer exercícios do lado de fora, ir ao médico e sair para fazer compras é permitido. De acordo com ela, todos por lá estão levando essa situação e o isolamento social muito a sério. “Aqui, a postura e o comprometimento das pessoas são bem diferentes que no Brasil”, avalia. A sede de sua empresa fica no Brasil e todos os funcionários estão trabalhando de casa, já que eventos no momento não estão acontecendo.

Em casa há mais de um mês, ela tem tentado ocupar o tempo com atividades físicas, enquanto as crianças estudam de maneira remota. “Nós ficamos na piscina, os meninos jogam futebol, faço ginástica em casa mesmo e, com muito amor e cumplicidade, estamos enfrentando essa quarentena muito bem”, comenta.

Ela espera que, quando a pandemia acabar, as pessoas tenham tecido seus conceitos e aprendido a valorizar mais o ser e não o ter, para que assim possamos construir um mundo melhor para futuras gerações. “Vamos viver cada dia da melhor maneira possível como se fosse o último e valorizar as pequenas coisas do dia a dia”, finaliza.

Por Juliana Martins Machado

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