Com o tema “Casa Viva”, a maior e mais completa mostra de arquitetura, decoração, design e paisagismo das Américas traz, mais uma vez, renomados profissionais para surpreender os visitantes. O evento de São Paulo, principal edição de CASACOR, acontece no Jockey Club São Paulo, até 29 de julho, apresentando 82 ambientes em 17 mil m².
A edição destaca a harmonia com a natureza, a convivência e a confraternização, num estilo de vida rodeado de verde e de memórias afetivas. Neste ano, a CASACOR São Paulo recebe de volta grandes nomes da arquitetura, do design e paisagismo como Arthur Casas, Débora Aguiar, Fernando Brandão, Rosa May, Naomi Abe, João Armentano, Roberto Migotto e Tenório Estúdio.
Voltam também os profissionais que fizeram história no ano ado: Alexandre Furcolin, Bia Abreu, Bruno Carvalho, Clariça Lima, Erica Salguero, Gustavo Neves, Gustavo Paschoalim, José Marton, Lao Design e Zoom Urbanismo, Leo Shehtman, Lídia Maciel, Luiz Otávio Debeus, Maicon Antoniolli, Marina Linhares, Marlon Gama, Michel Safatle, Negrelli & Teixeira, Yamagata Arquitetura, Paulo Azevedo, Paola Ribeiro, Patricia Hagobian, Patrizia Genoveze e Guilherme Longo, Plantar Ideias, Studio 011, Suíte Arquitetos, Très Arquitetura, Triart, Triplex Arquitetura e
Mauro Contesini.
Além desses, novos talentos estream em CASACOR, a exemplo de Kalil Ferre Paisagismo, GDL Arquitetura, Cenário Paisagismo, Gabriela Gaunszer e Rejane Heiden, Gabriela Lotuffo e Larissa Silva, SP Arquitetura, Gustavo Martins, Marcelo Salum, Jean de Just, BC Arquitetos, Juliana Pippi, MN Arquitetura de Interiores, Lisandro Piloni, Estúdio Gaetta, Ricardo Afiune e Peter Burmeister, Thalita Vitachi para Plantare Mais, Myrian Marquez, Luciano Dalla Marta, Meyer Cortez, Ricardo Abreu Borges, Melina Romano, MF+Arquitetos, Cyane Zoboli e Ana Elisa Hott, Flavio Abílio Rodrigues e Flavia Ranieri.
Um marco para o evento são os 25 anos de parceria com a Deca, patrocinadora master do evento, presente em todas as praças nacionais. A lista de patrocinadores e apoiadores de 2018 conta ainda com marcas como Renault, Leroy Merlin, casa moysés, Uniflex, Duratex, D&D, Bontempo, Comgás, Igui, Cosentino, LG, Meliá, Nextera Brasilit, Sensações e Todeschini.
Principais Destaques
Inspirada nas principais tendências mundiais, a CASACOR 2018 terá um espaço inteiro destinado ao co-living: estúdios, áreas de compartilhamento e um co-working. O Tea Lab também será uma novidade: um projeto de duas jovens profissionais, Patricia Bacellar e Steffi Kaufman, que servirá como uma casa de chá dentro da mostra onde também serão oferecidos workshops ligados ao mote do evento.
A gastronomia continua sendo um dos pontos fortes da mostra, que traz para essa edição parceiros como Dona Deôla, na Boulangerie, e Tartuferia San Paolo, além da estreia do Iulia, que comanda o bar, do Mondo, que fica à frente do restaurante e da Ofner à frente da Casa de Chá.
O compromisso com a sustentabilidade continua latente na CASACOR São Paulo.
O intenso trabalho desta gestão visa a conquistar o selo AQUA-HQE de construção
sustentável até 2020 e, para isso, adota diversas práticas não só durante as obras,
mas na educação dos colaboradores e no dia a dia da mostra. Para este ano, a
execução da Casa Sustentável é feita pelas arquitetas Gabriela Lotuffo e Larissa Silva,
de São Paulo. A proposta foi vencedora da primeira edição do Desafio Casa
Sustentável CASACOR patrocinado pela Leroy Merlin.
Entre as soluções concebidas pelas profissionais para o espaço – uma das edificações
tombadas do Jockey Club – e evidenciadas pela comissão julgadora do Desafio, estão
a flexibilidade na ocupação dos espaços, intervenção delicada no patrimônio
tombado, uso de tecnologias sem excessos, mobiliário de fácil montagem, materiais
com possibilidade de reaproveitamento e/ou reciclagem e adequação do sistema de
iluminação artificial com LED.
Calçada viva
O engenheiro Lao Napolitano juntou-se ao arquiteto Guilherme Ortenblad para transformar os 400 m² de uma calçada em um espaço de ocupação e permanência, com áreas de estar acolhedoras, intervenções artísticas e jardins. “A calçada é a área mais democrática de nossa casa e pode ser um espaço que vai além da circulação. É um lugar de convivência, tolerância e respeito ao próximo, é onde acontece o exercício pleno da cidadania”, explica o granjeiro, ao falar sobre o conceito deste ambiente que é porta de entrada da mostra.
Com mobiliário de madeira descartada e arte nos muros, o destaque da Calçada Todas as Cores fica por conta das bacias de retenção, jardins mais baixos do que a rua, formado por espécies da Mata Atlântica e que, com os às guias, absorvem a água da chuva e evitam enchentes. Pelos canteiros foi espalhada a serapilheira, restos de plantas em decomposição que levam nutrientes ao solo. Uma verdadeira calçada viva.
Relações de afeto
O ambiente, criado pela dupla de arquitetos Bruno Carvalho e Camila Avelar, preza pelo reencontro das relações de afeto, de maneira humanizada, onde o aconchego e o conforto são essenciais. O “Home Family” engloba biblioteca, adega e estar, onde a arte se destaca com uma narrativa delicada e poética, que busca pelo resgate das origens dos homens e pela aproximação das pessoas. A iluminação valoriza as peças de arte, criando uma atmosfera acalentadora e reflexiva. A marcenaria, por sua vez, se apresenta como um dos principais elementos e faz composição com uma paleta de cores que transita de azul e rosa ao mostarda. O ambiente dispõe, ainda, de uma grande estante que exibe livros e objetos cheios de história, design e significado.
Herança indígena
O projeto, assinado pelo arquiteto francês Jean de Just, mostra a herança indígena brasileira representada em grafismos, cestarias e cores vibrantes. Um dos destaques é a Persiana Horizontal de Bambu, ecologicamente correta e que oferece aproveitamento da luz natural ou pode escurecer o ambiente, quando necessário. O “Lavabo dos Encontros” conta, ainda, com uma parede e as portas pintadas por um cacique, que representa energia e vivacidade. Mas tudo com um toque francês, já que as paredes são pintadas de forma que lembram os apartamentos parisienses.
Multifuncionalidade
Inspirada nas townhouses de Amsterdã e Londres, a Casa do Relógio, do arquiteto Dado Castello Branco, integra living, home office, cozinha, living, adega e sala de jantar, valorizando o convívio familiar e a praticidade cotidiana. A madeira e o concreto fazem contraponto harmonioso promovendo ambientação acolhedora e, ao mesmo tempo, despojada, sem perder a sofisticação. O resultado é ambiente moderno e intimista, concomitantemente. Aberturas laterais favorecem a iluminação natural e proporcionam integração com o jardim.
Jardim da Casa do Relógio
Um jardim para ar a tarde. Essa é a proposta da área 330 m² que se volta para o projeto de Dado Castello Branco. “A ideia foi aproveitar ao máximo a área externa para receber, porque A Casa Viva – conceito da CASACOR 2018 – é isso”, revela Rodrigo Oliveira. Há uma mesa de refeições, um sofá para relaxar e o imponente fogo de chão, que completa a atmosfera calorosa. A árvore pau-brasil é a principal espécie no jardim. Também chamam a atenção o arbusto elaeagnus ao fundo, a pitanga-anã, que atrai arinhos, e o ornamental alecrim-australiano – estas últimas espécies pouco usadas em projetos paisagísticos nacionais.
Relaxante
Pensada para ser sustentável e inspirada em projetos como a Glass House de Philip Johnson, a Casa do Escritor é marcada pelo uso de vidro nos fechamentos e pelo Steel Frame – sistema construtivo feito com perfis de aço galvanizado e placas cimentícias que proporcionam uma obra rápida e limpa, e que dispensa o uso de tijolos e cimento. O mobiliário completa a atmosfera relaxante do lugar.
Refúgio Urbano
Um espaço para o escapismo do dia a dia. Assim é definido o Refúgio Urbano, ambiente assinado por Marina Linhares que traz a natureza para dentro do ambiente, criando uma atmosfera relaxante. Paredes de vidro permitem que a luz e as cores em volta interajam e invadam o espaço.
Inspirado na natureza
As arquitetas Mayara Clá e Natasha Haddad inovaram ao planejar este quarto de bebê simples. Investindo em uma decoração mais próxima da natureza, as profissionais mostraram que um quarto de bebê pode ser lúdico e agradar tanto às meninas quanto aos meninos. Não precisa se prender às cores rosa ou azul, nem limitar-se a um gênero. Com criatividade, é possível criar um cantinho duradouro para acompanhar os pequenos durante a infância e, ainda, fascinar os adultos. O quarto conta com diversas texturas, uma horta com legumes em feltro, além de animais representados por pufes, uma rede para as futuras brincadeiras da criança e pendentes revestidos com crochê.
Casa Terra
A designer de interiores Paola Ribeiro assina este luxuoso espaço dividido em cozinha gourmet, living, jantar e terraço com jardim. Projetar um ambiente envolvente e que ofereça praticidade e atrativos em seus espaços integrados foi o ponto de partida para a construção da casa, que contempla duas grandes árvores em seu interior, um ponto alto do projeto que cria sensação de bem-estar. A proposta foi criar um espaço amplo, com muita luz natural, integrado a um atraente jardim, seguido por um confortável estar sob um pergolado. Criado para ser um anexo da casa, um espaço de convivência que reúne toda a família e onde os visitantes são recebidos por uma incrível vista do verde, remetendo-os ao acolhimento e à tranquilidade do campo.
Para escritores
Intimista e masculino, o espaço assinado pelos arquitetos Paula Bignardi e Paulo Azevedo foi pensado para um escritor que busca suas inspirações em viagens pela Europa e pela Ásia. O quarto integrado a um escritório possui estantes com muitos livros e diversas obras de arte espalhadas em seus 28 m². A paleta de cores privilegia tons terrosos, dourados e vermelhos e diferentes texturas marcam presença em fibras naturais, madeira e diversos tipos de tecido.
Riad contemporâneo
Riad é um tipo de construção originária do Marrocos cuja principal característica é ser voltada para um jardim interno, que funciona como um pátio. Le Riad Bontempo, projeto assinado por Roberto Migotto e Ricardo Minelli, é uma releitura contemporânea dessa arquitetura. Nela, a interação acontece tanto com a natureza quanto com a rica cultura marroquina. Um grande de madeira entalhada e o espelho d’água do jardim interno são destaques do espaço. A paleta de cores conta com tons desérticos, como os amarelos queimados, preto e toques de verde folha nos itens de decoração, até os tijolos claros. O ambiente tem um teto de recortes geométricos. Na cozinha, tons claros ressaltam a textura da lâmina pré-composta de madeira, favorecendo a circulação da luz natural. Já o living mescla diferentes estampas e texturas, a começar pelo delicado personalizado na parede oposta ao pátio, que sustenta uma escultura. No centro, o sofá de veludo verde contrasta com o mobiliário em tons pastel, repleto de padrões geométricos, que vão das estruturas aos estofados.
Espaço acolhedor
Fibra natural, tecidos de linho cru e madeira são o palco para uma decoração eclética e elegante. Na Sala Biblioteca, criada pela Rosa May, a harmonia prevalece entre os elementos diversos: o lustre Sputnik em bronze escurecido da década de 1970, italiano, desenhos de Cícero Dias, a poltrona Joaquim Tenreiro e abajures em placa de murano também dos anos 1970 fazem do espaço um local acolhedor.
Identidade brasileira
O “morar vivo” foi o ponto de partida para que os profissionais do escritório Suite Arquitetos construíssem um espaço repleto de identidade brasileira, inspirado na flora e fauna, com suas riquezas naturais, como pedras brutas e texturas rústicas. A Casa da Árvore evidencia a integração do interior com o exterior do espaço, conectando o morador com a natureza. Um imponente Flamboyant incorporado à área de estar ganha destaque ao transpor o pé-direito da casa. É a árvore que, a partir das cores do tronco e da verde copa, estabelece o tom da paleta das nuances reinantes da decoração. A geometria da casa é marcada por um grande volume de madeira que abriga a área social totalmente integrada ao jardim. Diferentes revestimentos demarcam a transição entre os ambientes.
Decoração escandinava
A atmosfera escandinava recebe um legítimo toque brasileiro, com suas cores e bossa, no projeto “Cabana”. Combinando a leveza e o romantismo da paleta de tons claros, a dupla Thiago Manarelli e Ana Paula Guimarães misturou o floral do tecido escolhido para a cortina, a intensidade marcante do tapete geométrico e a forma enxuta e marcante do sofá resultando num projeto sofisticado, atual e, sobretudo, pouco convencional. Para trazer o clima “Casa Viva”, vasos com espécies de plantas, apoiado em totens decorativos, sobressaem como verdadeiras obras de arte e, no terraço, uma seleção apurada de árvores frutíferas trazem a essência do natural.
Galpão repaginado
Os arquitetos André Bacalov, Kika Mattos e Marcela Penteado se inspiraram em conceito muito presente na Europa, em que antigos casarões e galpões são transformados em outros ambientes, para criar a Cozinha Matriz. Com o conceito de ter tudo na cozinha ao alcance das mãos, os módulos abertos variam entre as cores cinza chumbo e preto. Objetos como jarras, pratos e temperos coloridos, junto de um mobiliário eclético, ficam lado a lado com a estética rústica e desgastada da construção original, produzindo uma atmosfera criativa e convidativa. Um dos pontos interessantes é o uso do recurso de color block feito nas escadarias, que explora os volumes e valoriza as formas, e serve de moldura perfeita para a escultura em formato de árvore do artista cubano Jorge Mayet. Para modernizar o espaço, pendentes e arandelas.
Lounge de Entrada
A árvore centenária presente no espaço foi o ponto de partida para pensar em um local de total integração entre homem e natureza. “A ideia é que as pessoas sintam a natureza como elemento principal”, explica Edson Lorenzzo. O arquiteto procurou trabalhar com os quatro elementos: terra, ar, fogo e água. Além da vegetação, que ocupa tanto o exterior como o interior, há duas lareiras e um lago com arraias. A opção por um ambiente arejado, com cortinas de linho, faz com que se possa sentir até mesmo a brisa.
Brasil de Origem
Todas as espécies do jardim criado por Elaine Kalil e Mauricio Ferre são nativas do país. A dupla buscou, pela variação de volumes e texturas, compor uma vegetação que parecesse natural. “Tentamos sempre fazer com que a mão do homem não seja perceptível para darmos a impressão de que a mata existia antes da nossa intervenção”, diz Mauricio. Intercalando alturas, há árvores maiores, como palmeiras-jerivá, seguidas por dedaleiros, oitis e quaresmeiras-do-brejo. As camadas inferiores são formadas por helicônias,
ciclantos, calatheas, além de marantas e bromélias.
Recinto do Bosque
Partindo de um retângulo modular, Gabriel de Lucca projetou um banheiro que não está completamente isolado do seu exterior. Pequenas fendas na parede lateral fazem incidir a luz solar e demarcam pontos de sombra, e de dentro das cabines é possível contemplar o jardim ao redor. “A relação do interior com o exterior é como uma sinfonia. Há um detalhamento preciso de alinhamento, das partes retas às curvas”, diz o arquiteto. A iluminação indireta, sem pontos de luz no teto, ajuda a ressaltar o verde da paisagem externa.
Casa Raízes
Em seu aniversário de 10 anos, a Triplex Arquitetura criou um espaço que homenageia as mulheres. O objetivo é oferecer a elas um tão fundamental local para refletir, se reconectar com a natureza e renovar as forças. Cada detalhe foi pensado para que a experiência na casa seja o mais agradável possível, da música ao aroma, com prioridade para materiais sustentáveis. O destaque é para a araucária presente no terreno, que simboliza uma “antena” para boas energias.
Paisagem do Refúgio Urbano
No ambiente, que teve como inspiração o escritório do próprio paisagista, a harmonia ocorre de tal forma que se torna difícil diferenciar o espaço construtivo da natureza. O projeto do refúgio, criado a quatro mãos por Alexandre Furcolin com a designer de interiores Marina Linhares, conta com apenas uma parede e utiliza-se do vidro para que o morador possa apreciar o entorno. Para conviver com as árvores que já estavam no local, como pitangueiras e araçás, foram acrescentados marantas, filodendros e calatheas, entre outras espécies. “O grande desafio é imitar a natureza e criar um paisagismo exuberante, mas que não seja impositivo”, explica.
Jardim da Casa da Árvore
Para a estreia na CASACOR, Daniela Bastos e Karla Lopez buscaram formas de incorporar a natureza ao projeto arquitetônico. Para isso, posicionaram uma acácia-seyal em um ponto estratégico de forma que seus galhos esculturais pareçam a extensão do brise de madeira do ambiente ao fundo do jardim. Na arela de o, o contraste aparece na escolha da vegetação. À esquerda, um metálico ganha textura com trepadeiras que sobem em alturas alternadas. À direita, arvoretas filtram a luz solar e criam um espaço sombreado.
Jardim das Agaves
O desafio de criar um jardim orgânico em uma área ampla de 200 m² foi cumprido com maestria pela dupla Gabriela Gaunzer e Rejane Heiden em sua estreia na mostra. O agave, espécie protagonista, circula os espaços de convivência; e o deque aparece em duas versões, a tradicional e em flor, com hastes altas. Uma área coberta de areia com pedras e uma pira ao centro fazem referência a elementos da cultura mexicana pré-colombiana. Do outro lado, o jardim traz móveis e revestimentos em tons de rosa, cinza e preto. Todas as plantas do projeto são rústicas e de fácil manutenção, destaque para a pinanga e a echevéria rosa.
Spa da Mata
Para criar um lugar de descanso e relaxamento, Andrea Teixeira e Fernanda Negrelli aproveitaram a área verde em torno de seu ambiente: paredes e tetos de vidro privilegiam a iluminação natural e trazem a natureza para dentro do espaço. Cores neutras e projeto luminotécnico intimista proporcionam uma sensação de aconchego, complementada pelos móveis de madeira, chaises, banheira e lareira. Tudo foi pensado para o conforto e o bem-estar de quem quer se desconectar da correria do dia a dia.
Alameda
Transformar uma área de agem em um espaço de descanso e contemplação da natureza foi o que buscou o paisagista Mauro Contesini. Além de preservar a vegetação original, ele optou por usar palmeira fênix, nandina, bromélia fireball, lisimáquia, entre outras espécies de plantas. Uma parede já existente no local serve de pano de fundo para o ambiente de 96 m² com banco, poltronas e pergolado. “A ideia é fazer as pessoas se desconectarem da vida urbana”, explica.
Boutique Residence 218
Com o intuito de apresentar o morar da geração Y – conhecida também como milênio -, a dupla do escritório Mattar Tayar criou uma residência de 80 m² com espaços integrados e de estilo contemporâneo. Todo o local é dividido em cozinha, área social, banheiro e suíte máster. O design é um ponto forte do projeto e conta com peças de Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi e Ricardo Fasanello. Flávia e Silvana descrevem o ambiente como “o apartamento dos sonhos dos que levam uma vida dinâmica e corrida”.
Casa Neshamah
A Casa Neshamah, ambiente de 200 m² composto por jardim frontal, hall de entrada, living, jantar, cozinha, varanda e spa, tem por nome a palavra hebraica que significa “sopro da vida”. Neste sentido, o tema “Casa Viva”, para o arquiteto, se decanta na compreensão da própria vida e sua origem, e dos construtos criados pelo Homem. Vê a vida como unidade essencial, e todas as demais variáveis e categorias como conceitos criados à conveniência do Homem, mas que podem ser desconstruídos a qualquer instante. Neste contexto, Gustavo enxerga a casa como um organismo vivo e a representa, como em sua praxe profissional, de maneira primeva, ressaltando suas características essenciais. Procura desprender-se de conceitos posteriormente acrescidos, retirando polimentos e excessos, desartificializando a vida humana e sua morada.
Casa Arcos
A Casa Arcos surpreende e quebra as expectativas. Esse ambiente é composto por dois espaços que se contrapõem, delineados pelas cores e pelos arcos que nomeiam o projeto: o exterior sóbrio e bruto faz oposição ao interior colorido, prático e fluido. Nuances de verde e azul profundos, junto de tons terrosos, representam a vida que permeia e circula pela Casa. Azulejos de banheiro, cobogós, cerâmica e piso tipo granilite são alguns dos elementos que carregam consigo um estilo de morar da transição entre moderno e pós-moderno.
Casa Sustentável Leroy Merlin
O conceito de sustentabilidade aparece desde a concepção de montagem e desmontagem, por meio da escolha de divisórias soltas feitas de madeira laminada cruzada. Entre os materiais utilizados, há pastilhas de garrafa pet, aplicadas na cozinha e no banheiro, além de piso de madeira de demolição restaurada e rodapés de isopor reciclado. “Buscamos trazer hábitos sustentáveis, mas também conforto”, explica Larissa Silva, que assina o projeto com Gabriela Lotufo. O pé-direito alto garante a amplitude, e o uso da madeira e de cores como o verde ressalta a proximidade da área externa com a natureza.
Jardim Sustentável
Preservar 100% a vegetação do local e criar um espaço para as crianças usufruírem. Esses são os conceitos que norteiam o projeto da paisagista Daniela Sedo. Em 40 m², ela optou por materiais que não agridem o meio ambiente em sua produção, como o piso drenante que capta água da chuva e ajuda na irrigação inteligente da vegetação. Uma casinha de bambu e móveis adaptados ao tamanho das crianças completam o espaço.
Jardim das Casas
Roberto Riscala, paisagista com maior número de CASACOR São Paulo, assina, para sua 22ª participação na mostra, o Jardim das Casas. Construído em uma área de 275 m², entre quatro casas, o ambiente não segue um modelo tradicional. A proposta é mostrar que existem várias maneiras de trazer o verde para perto das pessoas, o contato com a natureza e a vida, mesmo contrariando a ideia de que a rotina dos tempos modernos não permita isto. O projeto de harmonizar o verde na vida das pessoas, seja por um jardim tradicional para quem reside em casa onde o espaço permite essa construção, ou em pequenas paredes por meio de jardins verticais, propõe um questionamento sobre o futuro e a importância dos jardins. O principal objetivo é dar alternativas e mostrar que pode ser prático e moderno, sem demandar muito tempo e custo de manutenção.
Anexo Nuage
Para transmitir a sensação de calma e relaxamento que desejavam no loft de 68 m², Aldi Flosi, Bruno Rangel e Paloma Yamagata exploraram os tons neutros e tranquilizadores, como o bege e o cinza-claro, e usaram referências do design escandinavo, que tem como características principais a luminosidade, as formas simples e o uso de elementos naturais. O resultado é uma casa acolhedora, mas sem excessos, onde a sensação de leveza fica explicitada no arranjo com plumas de capim sobre a mesa de jantar, que remete a uma nuvem flutuando.
Tea Lab
Quando Steffi Kaufman e Patricia Bacellar propam um ambiente da CASACOR durante a pós-graduação de Design de Interiores do IED (Istituto Europeo di Design), não imaginavam que, meses depois, estariam fazendo sua estreia na mostra. No espaço assinado pela dupla, o grande destaque são os terrários: os visitantes podem aprender sobre os minijardins em workshops enquanto degustam diferentes tipos de chás, cujas ervas são plantadas ali mesmo. Tons terrosos e de cinza evidenciam a natureza presente ao redor.
Paisagens de Luz
Com apenas dois anos no mercado, Luciana Pitombo e Felipe Stracci marcam presença pela segunda vez na mostra. Nesta edição, a dupla se valeu de três conceitos principais para projetar o jardim de 467 m²: sugerir soluções dinâmicas e adaptáveis a outro local, harmonizar realidades antagônicas entre o espaço criado e a paisagem do entorno e ainda oferecer experiências sensoriais. Por ser pré-fabricado, o jardim pode ser montado e desmontado e, assim, transportado facilmente. Destaque para o movimento de luz e sombra, inspirado no trabalho do artista James Turrell.
Banheiros dos Sentidos
Em um jogo de tons terrosos, bege, dourado e verde aliado às texturas, aos aromas e a sonoplastia, as profissionais Danielle Cortez e Natália Meyer despertam os cinco sentidos dos visitantes que am pelo banheiro funcional e ível. O local possui 15 m² com dois compartimentos normais e um adaptado. Os materiais usados no ambiente são sustentáveis e os móveis práticos e versáteis. Outro highlight do décor é o projeto luminotécnico, composto por fitas de LED e arandelas que destacam as obras de arte inseridas.
Coliving
Um jardim repleto de espécies de plantas, árvores e flores incorporado com peças assinadas para área externa. A paisagista Clariça Lima criou um ambiente de 138 m² visando a interação e troca de experiências dos visitantes. Dois bancos floreiras de aço corten pintados em laranja abraçam e preservam as árvores existentes, ofertando um agradável descanso ao público. A cor também é um elemento muito presente no jardim, seja numa pintura ou no mobiliário. Inspirada nos vasos de cerâmica em forma de letras assinados por Marilá Dardot e expostos em Inhotim, deixa à disposição letras para o espectador compor palavras e frases. E mesmo tendo como princípio para seu projeto o contato entre pessoas, Clariça sabe que o mundo moderno também exige ligação com a tecnologia, poi isso instalou totens com tomadas e entradas UBS para o convívio em seu Coliving.
Estúdio do Executivo
A arquiteta e decoradora Érica Salguero apresenta um ambiente despojado, moderno e luxuoso inspirado na intensa rotina de um empresário bem-sucedido e apreciador de design. O espaço de 40 m² mescla tons de branco, cinza e pinceladas de verde musgo na decoração com mobiliários assinados por ícones do design mundial, como Antonio Citterio e Sergio Rodrigues. Dividido em três ambientes – cozinha, living e quarto – a arquiteta utilizou o “morar vivo”, tema que rege a mostra deste ano, oferecendo uma atmosfera prática, inteligente e facilitadora, da maneira que um empresário necessita para conciliar
Estúdio da Longevidade
Quando Flavia Ranieri decidiu fazer pós-graduação em Gerontologia, ela era a única arquiteta da turma: “todos os demais eram da área da saúde”, relembra. No entanto, ela não se intimidou e hoje comanda o escritório Grou, especializado em arquitetura para idosos e que assina um apartamento de 45 m² na edição da mostra paulistana. A proposta é trazer móveis contemporâneos, cores suaves, lembranças de família e soluções de segurança, como o desligamento automático do fogão e das luzes que se
Transtúdio
O dilema de uma pessoa que está ando por uma transição de gênero é o ponto de partida do espaço assinado pelo arquiteto Ricardo Abreu Borges. “Reproduzimos nos elementos da arquitetura e da decoração a tensão que aquela moradora carrega, os conflitos que a acompanham em uma longa história de luta”, explica. Em 29 m², o ambiente é dividido em área de estudo, trabalho, dormitório e banheiro. A escolha da profissão de jornalista vem da essência do trabalho de projetar ideias e provocar discussões.
Estúdio Trama
Em sua primeira participação na CASACOR, a designer Melina Romano traz sua interpretação do tema A Casa Viva para um loft de 43 m² cujo nome remete à trama da vida: “Aqui histórias e sentimentos se conectam. Uma casa é muito mais do que móveis e decoração”, conta Milena. As referências à trajetória da moradora aparecem em objetos bem pessoais, como fotos, sapatos e uma xícara antiga. No piso e nas paredes, as tramas se materializam ora em estampas no ladrilho hidráulico, ora na peça em tom rosa assinada pela artista Nao Yuasa.
Tartuferia
Os jovens arquitetos Mariana e Filipe Oliveira, pela primeira vez na CASACOR São Paulo, assinam o projeto da Tartuferia. No ambiente, as características de estilo do escritório transparecem: linhas retas, brises, materiais naturais e integração com o exterior. Em sintonia com o tema A Casa Viva, o restaurante é um local acolhedor, familiar e aconchegante, que integra o percurso de circulação da mostra. Trata-se de um espaço público que não abre mão da atmosfera e aroma caseiros.
Jardim da Tartuferia
Soluções inteligentes e sustentáveis, folhagem intensa, com espécies exóticas e da flora brasileira, compõem o Jardim da Tartuferia. O projeto de Bia Abreu começa ainda dentro do restaurante com plantas suspensas, uma solução para ambientes reduzidos. O destaque fica para a jabuticabeira de quase 6 metros, que já existia no local e foi preservada. Uma mini-horta foi instalada para ser utilizada pelos chefs. O espaço continua na área externa com um jardim de 60 m², composto por lírios-da-amazônia, medinilas, orquídeas tutti-frutti e uma palmeira-laca.
Templo Coworking
O arquiteto Fernando Brandão conta com a parceria da arquiteta Camila Bevilacqua neste projeto: Templo Coworking. Trata-se de um espaço de convivência de 160 m² para receber os visitantes. Durante toda a mostra funciona como ponto de encontro do evento e oferece estrutura para reuniões, encontros e wi-fi gratuito. Os tons quentes, como o terracota, trazem energia e conforto. Dividido em três ambientes, é composto por um living com oito estações de trabalho, uma sala coletiva com uma grande mesa e um lounge integrado com a área externa.
Banheiro Público
O projeto de Marcelo Diniz apresenta uma composição de texturas, com paleta nos tons terrosos e layout que prevalecesse a intimidade do visitante. No hall de entrada, uma instalação com três cubas de pedra traz a ideia de bica d’água. Com a do arquiteto, duas arandelas que vão do chão ao teto demarcam os pilares existente e reforçam o desenho da luz. Ao fundo, uma grande tela da artista plástica Deise Pucci trás um movimento e colorido ao ambiente. No teto, uma escultura em cobre reciclado em processo de corrosão do talentoso Chris Von Ameln faz uma crítica a toda rede hidráulica urbana em decomposição, que provoca grande desperdício de água. A divisória que delimitada os três lavabos foi toda revestida proporcionando o controle sonoro das cabines. No interior, uma bancada em silestone com textura de concreto emoldura a cuba em formato de coluna. Uma abertura com vidro dá visão a um jardim exclusivo para cada lavabo.
Restaurante
Mais que um restaurante, o projeto de Patrizia Genovese e Guilherme Longo promove uma experiência cenográfica para completar a gastronomia do Mondo, que opera o local. Inspirado nos glamourosos estabelecimentos de Las Vegas, o espaço embala os visitantes por meio dos tons terrosos, do veludo e da madeira. As cores fechadas são acompanhadas de um papel de parede floral, desenhado pelos profissionais especialmente para a mostra. Destaque para os muxarabiês aliados ao projeto luminotécnico, que criam um jogo de luz e formas. O verde da área externa conta com a colaboração da Jardineria Paisagismo.
Bar Lounge
No espaço de 220m², que servirá drinks e finger foods, com o mesmo clima animado e badalado do Iulia, de Chico Lima, antigo sócio do Leopolldo, o detalhamento dos trabalhos em madeira e a marcenaria são os principais elementos utilizados, para que o ambiente se torne natural e aconchegante. Com o ballet como inspiração, as linhas retas trazem certo grau de complexidade ao espaço, com madeiras flutuantes, formando uma ilha com desenho clean. O grande destaque é um de marcenaria rosê, desenhado exclusivamente para a mostra. A ideia é fazer com que o visitante possa conceber o espaço em sua casa. Produzido por Cyane Zoboli e Ana Elisa Hott.
Casa Linea
Pela segunda vez na CASACOR São Paulo, mas veterana participante na mostra gaúcha, Lídia Maciel assina a Casa Linea. O projeto de 130 m² foi criado a partir de um jogo entre transparência e opacidade, que integra as áreas interna e externa, mantendo a privacidade do morador. Portas de vidro fecham a casa, permitindo a contemplação do jardim que a abraça. O paisagismo minimalista foi projetado por Fernando Thunm seguindo o conceito idealizado pela arquiteta: um espaço suave e elegante, mas com personalidade marcante.
Casa Dezesseis
Cinco ambientes formam um projeto residencial completo e funcional de 160m² para mostrar ao público um conceito de morar contemporâneo, sem divisórias, dinâmico e versátil, num entendimento de casa sem barreiras, com muita luz natural. Aguçar os sentidos, criar uma relação de conforto e carinho com o lar é o objetivo desse projeto contemporâneo, de linhas simples, porém, sofisticadas, com grandes planos revestidos em materiais únicos, numa sensação de amplitude, de circulações livres, valorizando as peças de mobiliário de grandes designers brasileiros e italianos. A madeira entra como elemento de aquecimento e o inox como elemento conceitual e de grande presença estética no projeto. Projetado por Sálvio Júnior e Moacir Júnior.
Cisterna de Deca
A água é a protagonista deste espaço que buscou referência em cisternas para fazer uma analogia com o cuidado que a Deca tem com seu uso racional. Para isso, Tenório cria uma espécie de templo de apreciação da água, com uma cisterna de quase 80 mil litros. No hall de entrada, com mobiliário desenhado pelo profissional, uma cascata por onde a água corre pela escada de granito bruto e chega até ao espelho d’água. Este espaço funciona como uma espécie de varanda de contemplação por onde as pessoas são direcionadas a seguir por rampas metálicas, que oferecem uma visão completa do ambiente, entreabertos em meio às colunas e ao barulho da água, e proporcionam este momento de reflexão. Ao final do percurso, uma sala de banho pensada para um casal.
Vila Olivo Todeschini
Uma oliveira de 300 anos é protagonista do espaço projetado pelo experiente João Armentano. Com 320 m², o ambiente é permeado por luminosidade natural e ventilação abundantes, proveniente dos grandes caixilhos de vidro pivotante. Seguindo o tema A Casa Viva, o objetivo é conectar o ocupante à natureza, incorporando-a no interior e na decoração e valorizando toda a sua beleza, sem abrir mão do conforto. O paisagismo é assinado por Daniel Nunes.
Jardim da Villa Olivo Todeschini
Como uma continuação do ambiente de João Armentano, o jardim projetado por Daniel Nunes é um espaço de contemplação desenvolvido a partir da oliveira centenária que abraça da arquitetura. Heterogêneo e minimalista, o projeto é tomado pelo preto. O objetivo dos tons escuros é contrastar com o verde azulado das folhas da árvore e dos canteiros de alecrins. Destaque para os painéis de madeira, que foram carbonizados utilizando a técnica japonesa shou sugi ban.
Casa Cosentino
A arquiteta Debora Aguiar está de volta à CASACOR São Paulo. Inspirada na contemplação dos quatro elementos da natureza – água, terra, fogo e ar -, Debora projetou uma casa urbana que tem como proposta levar a natureza de fora para dentro dos espaços. “Toda a circulação e a integração dos espaços estão voltadas para o jardim central. Essa transparência junto à natureza é o que busco em meus projetos para trazer aconchego e bem-estar”, diz a arquiteta.
Tempo
Um jardim criado por Renata Tilli, Vera Oliveira e Lucas Tell Push para atender quem deseja qualidade e tempo. Porque a vida atual demanda agilidade, plantas de crescimento rápido e pouca manutenção, por exemplo capim e bambu, foram escolhidas junto de materiais essenciais como pedras e areia. O lago foi feito segundo a filosofia da construção SysHaus: sem concreto, sem desperdício e com tratamento biológico. Tal austeridade revela, porém, a busca por um espaço ao mesmo tempo belo e pragmático, executado com técnicas modernas e complexas.
Syshaus
A Syshaus é uma nova forma de pensar a residência e tem seu pré-lançamento na CASACOR 2018. Trata-se de uma casa de alto padrão, com um método construtivo revolucionário: um sistema pré-fabricado modular que permite erguer toda a estrutura em poucos dias, praticamente sem resíduos e sem água. A construção se transforma, então, em uma peça de design, que pode ser adquirida pelo morador, da mesma forma que se adquire mobiliário. O projeto tem de Arthur Casas.
Boulangerie
Para fugir do estereótipo dos espaços comerciais, a dupla de arquitetas Beatriz Zamperlini e Mariana Zimmermann projetou uma ambientação que faz os visitantes se sentirem acolhidos como em uma casa: “no salão, sofás e mesinhas de apoio remetem ao aconchego de uma sala de estar. Ali, outro ponto de atração é o imponente sofá curvo revestido de veludo vermelho que desenhamos especialmente para a mostra”, conta Mariana. O balcão de atendimento também não é convencional, trata-se de um grande bloco de pedra natural que incorpora as vitrines dos salgados e dos doces.
Sensações
“Busquei criar um espaço cheio de sensações, onde as pessoas pudessem se sentar e contemplar”, explica o paisagista Flavio Abílio Rodrigues. O ambiente, que traz plantas aromáticas como alecrim silvestre e lavanda, conta com um banco vermelho de palete de 28 m².O profissional optou por um projeto com plantas elevadas, utilizou caixas de ferro – duas delas contêm patas-de-elefante com 5 metros de altura e mais de 80 anos – e preencheu as floreiras já existentes com camélias.
Casa Menir
Fernanda Morais, Fernanda Tegacini e Nathalia Mouco são as mentes por trás do sucesso da Très Arquitetura, que participa pelo terceiro ano da mostra. Com traços limpos e modernos, as arquitetas se inspiraram na origem pré-histórica do morar para criar a Casa Menir, nome inspirado no primeiro símbolo de arquitetura conhecido. O refúgio urbano, mas de natureza rústica, foi projetado para acomodar quem procura funcionalidade, mas não abre mão do design orgânico. Cozinha, living, quarto, banheiro, closet e um jardim anexo compõem o espaço de 56 m².
Stúdio 04
Uma sala inspirada em um jovem com seus 30 e poucos anos que possui uma bagagem cultural rica. Entre os principais interesses deste personagem, que tem no cômodo um de refúgio de sua rotina corrida, estão a arte e a literatura. O espaço de 40 m² assinado pelas designers que formam o coletivo ganhou um mix de referências bem calculado, com mobiliário contemporâneo e também garimpado em antiquários. Na ala mais atual, estão peças com linhas retas e minimalistas da Interni, e entre as antiguidades estão, por exemplo, cadeiras sas da década de 1960 de Juliana Benfatti, um banco de madeira francês do século 19 do antiquário Arnaldo Danemberg e uma dupla de cadeiras Butterfly vintage de design moderno. Projetado por Clarisse Reade e Pereira Reade.
Loft LG #amour
As formas arredondadas do coração serviram de inspiração para a arquiteta criar móveis e tapete exclusivos para este espaço de 98 m². “Essas linhas ajudam a compor a atmosfera de aconchego que eu desejava trazer para o espaço”, explica a arquiteta Patrícia Hagobian. Na cozinha, o destaque é para a adega feita com cabos de aço pintados de preto e iluminação embutida, idealizada especialmente para a mostra.
Casa Essencial
A obra clean e pessoal do arquiteto paulista Gustavo Martins traduzida pela primeira vez na CASACOR traz o ambiente pensado para um colecionador e nele cabem duas paixões: a arte e o design. Com estilo sóbrio e elegante e materiais nobres, como as atualíssimas pedras e o papel nas duas paredes laterais à entrada do ambiente em forma de L. Sobre o piso, também de pedra, tapetes suaves, mas com personalidade. Em seguida ao living, vê-se o fundo uma bancada que reforça a ideia da discreta área gourmet, e ao seu lado um ambiente inteiro é dedicado à leitura e ao descanso, já que o clima é de relaxamento. O verde entra na composição num jardim vertical e a iluminação é suave o suficiente para transmitir o clima sofisticado de paz.
Loft “Alguma coisa acontece no meu coração”
Para o ambiente de estreia em CASACOR SP, o arquiteto Marcelo Salum escolheu um loft que pede licença para entrar nessa grande e poderosa metrópole, usando como alterego o próprio escritório para criar o conceito. Em sua sutil homenagem à cidade que recebe e acolhe tantos brasileiros, Salum pensou em um espaço multiuso, que aproveita a arquitetura da área. Assim, uma enorme escada, já existente, sugere a entrada de um banheiro, onde o artista plástico Juliano Aguiar criou uma instalação composta por relicários de objetos pessoais e telas dos personagens que habitam o espaço. No outro ambiente, uma sala de estar com um canto verde e duas camas de solteiro. E, como é característica de seu trabalho, aposta muito nos detalhes. Tecidos foram bordados com trechos de músicas de Chico Buarque e Caetano Veloso.
Loft Ninho
No Loft de 80m² o arquiteto Nildo José projetou um apartamento completo – cozinha, living, quarto, banheiro e jantar -, mas com conceito compartilhado e que transmitisse a alma e a história do morador, com peças que remetem a trajetória de quem mora ali. Com uma paleta de cores claras e tons neutros, o arquiteto apostou também no verde, tirando partido do tom das esquadrias do Jockey e dos elementos arquitetônicos e da castilharia. A natureza entra de uma forma diferente e é um dos destaques do espaço.
Loft Eu + Tu + Elas
Conduzido pelo hall galeria de dimensões mais compactas, o visitante é surpreendido ao adentrar de fato no apartamento de 125 m² que apresenta ambientes completamente integrados e pé-direito duplo. “Com a tecnologia e as redes sociais, cada vez mais as pessoas estão expondo sua intimidade. O projeto reflete isso ao trazer apenas um anexo isolado por paredes, onde ficam banheiro e closet”, explica o arquiteto Michel Safatle. A união dos espaços também foi pensada para proporcionar maior convívio entre os moradores, por uma vida mais humanizada.
Galeria Anamórfica
A intenção do arquiteto José Luiz Favaro foi transformar as paredes da área de 55 m² numa grande intervenção artística, em que a distribuição espacial das cores cria imagens distorcidas ou perfeitamente delineadas. “A ideia é proporcionar aos visitantes uma experiência visual e interação com o espaço”, explica José Luiz. Para conseguir o efeito, ele se baseou nos conceitos do anamorphic design, em que figuras numa superfície só podem ser visualizadas a partir de um determinado ângulos.
Hall da Biblioteca
A inspiração do designer de interiores Bruno Carvalho surgiu das tonalidades do céu e do mar, cenários constantes nos momentos de descontração do ser humano, seja durante uma viagem de férias, um feriado prolongado ou uma paisagem presente na rotina. O sentimento de aconchego também é um objetivo do designer. São 50m² idealizados para mexer com o público. Todas as paredes internas são pintadas em tinta “Olho Grego” e no living o imponente sofá feito de plumas é um convite para um instante de reflexão e leitura. A mesa de centro Elíptica, desenvolvida com exclusividade para o ambiente, o tapete Blur, assim como a poltrona revestida com tecido inédito em tons azulados concluem o ambiente central.
Cabinet Extraordinaire
Nos 78 m² do ambiente que se divide em antessala e sala de estar, um manifesto à liberdade e à personalidade de cada um: aqui não há regras definidas, não há padrões ou tendências a seguir. “Quis mostrar que é possível misturar diversas referências, com peças e conceitos que considero importantes na minha trajetória profissional”, conta o designer de interiores Luiz Otávio Debeus. Por isso, no living, que é uma homenagem ao colecionador de arte, há itens de estilo art déco, biedermeier, Luís XV, peças indianas e da Escola Memphis, todos mesclados sem medo de ousar.
Sala de Jantar
Naomi Abe volta a integrar o elenco da CASACOR depois de mais de uma década ausente da mostra. Nesta edição, a profissional assina a Sala de Jantar, cuja principal inspiração foi o Brasil. Peças e mobiliários assinados por designers e artistas plásticos nacionais encontram ali espaço de destaque. O estilo contemporâneo inclui ainda cobogós cerâmicos e um piso inspirado nas cores das obras de Tarsila do Amaral. Todos esses elementos resultam em um ambiente que exala sensações e alegria.
TOKI – Um mergulho no meu tempo
Como você imagina e concretiza o tempo? Neste espaço, Juliana Pippi traz a sua concepção de ado, presente e futuro, em uma atmosfera aconchegante, onde o azul é marcante e suave. O destaque fica por conta do mobiliário criado especialmente para o ambiente: a luminária arinho, da designer Ana Neute, que percorre quase todo o teto, o tapete de tear, desenhado pela arquiteta, além do Slow Design presente no delicado trabalho de Inês Schertel. Tudo em uma metamorfose de formas e volumes.
Suíte Casal
O arquiteto Marlon Gama assina a Suíte Master, ambiente que evidencia requinte e conforto e procura atender as necessidades originais de um quarto de casal. Sempre atento às tendências, o arquiteto utiliza texturas e cores e as compõe no espaço de 55m², subdivididos em estar, descanso e closet, com muito equilíbrio e elegância. O ambiente foi criado para um casal com diferentes personalidades, práticos, dinâmicos e muito modernos, além um caráter próprio e funcional. A proposta é de um ambiente aconchegante e ao mesmo tempo clean, minimalista, e que fuja da impessoalidade. A praticidade do dia a dia resume o layout dinâmico do quarto x openning and walking closet. A disposição dos móveis no quarto permite diferentes usos.
WC No Gender
Uma atmosfera dos anos 1980 toma conta do banheiro unissex de 30 m² criado pelo arquiteto Lisandro Piloni, que traz referências ao estilo Memphis no uso de formas geométricas e cores intensas. “A mistura de tons cria um ambiente alegre e descontraído, onde não há espaço para preconceitos. É um lugar para todos, em que cada um pode ser o que quer”, diz. O contraste entre os tons segue a tendência Color Blocking, que ora une nuances complementares, ora análogas, e confere um clima bem moderno ao banheiro.
Loft Caleidoscoop Coral
As cores são as estrelas do loft de 170 m² criado pelo arquiteto Maicon Antoniolli, onde os diferentes tons são responsáveis por compor formas arquitetônicas, distorcer partes delas e criar diferentes planos no design de interiores. Em cada ambiente, misturas de nuances tradicionalmente associadas aos universos masculino e feminino sinalizam que não há barreira de gêneros. No túnel que leva ao escritório, referências aos artistas Josef Albers, alemão, e ao brasileiro Hércules Barsotti. “O loft é um elogio à cor”, diz Maicon.
Geo Garden
Inspirado pelas formas geométricas da natureza, os profissionais Ricardo Afiune e Peter Burmeister assinam um jardim de contemplação e descanso. Dessa forma, é criada uma sensação de movimento equilibrado de luzes e sombras. Plantas como guaimbê e fênix são inseridas como um contraponto orgânico às espécies geométricas e valorizadas por abajures externos e projetores de LED. Mobiliário de madeira e jardineiras com aço tratado e pedras formam um bloco modelado dando ritmo e movimento ao projeto, que foi desenvolvido em apenas dois dias.
Casa Moysés
Em 80 m², Barbara Gomes e Giulliana Savioli propõem um novo jeito de pensar sobre showroom. Sem deixar de lado a sustentabilidade, as profissionais criam uma estrutura que pode ser desmontada e reconstruída em qualquer outro local, contribuindo para uma rápida implantação e diminuição de recursos. O espaço contém uma loja, marcada pelas ripas de madeira no tom cinza e um quarto de 40m ² extremamente confortável. Destaque para as obras de arte, resultado da parceria entre artistas nova-iorquinos e brasileiros chamada de “Textile Project”.
Galeria de Óculos
A loja projetada pelo Estudio Gaetta para a marca de óculos feitos a mão tem três ambientes nos 65 m². Logo na entrada, o olhar dos visitantes é atraído para uma composição de três blocos de madeira que servem como apoio para os produtos. “Esses es, de diferentes alturas, conferem movimento à ambientação e propõem uma forma inovadora para expor os óculos”, diz a arquiteta Fernanda Panetta. Além da área de atendimento, o espaço conta ainda com um living de atmosfera contemporânea que faz as vezes de sala de espera.
Jardim da Deca
A inspiração para o paisagismo veio dos belos parques urbanos de Los Angeles, nos Estados Unidos, no entanto a dupla Armando Salvador e Thalita Vitachi, da Plantare, não abriu mão da brasilidade ao criar o projeto. O carandá, espécie nativa, exerce um protagonismo marcante no jardim. Já a composição de cactáceas e suculentas, plantas de baixa exigência hídrica, proporciona um aspecto exuberante e escultural ao ambiente, que foi criado para o encontro e desfrute das áreas verdes da mostra.
Praça CASACOR
“Pensamos em um espaço de confraternização, do qual as pessoas pudessem realmente desfrutar”, explica Catê Poli que assina o projeto junto com João Jadão. No ambiente, formado por três áreas independentes, o verde é predominante. Para contrastar com a aridez da praça, sem nenhuma árvore, a dupla trouxe jabuticabeiras, cerejeiras e palmeiras, além de arbustos em vários tons. A sustentabilidade também foi uma preocupação, já que todas as estruturas poderão ser reaproveitadas: os pergolados, por exemplo, são desmontáveis.
Lounge Sensações
Com 92 m², este ambiente se inspira nos lofts americanos do Brooklin e Chelsea e conta com uma cozinha gourmet integrada ao amplo living. A combinação eclética de elementos rústicos, mobiliário contemporâneo e objetos dos séculos 18 e 19 compõe uma atmosfera despojada, aconchegante e masculina, com toques industriais. Gustavo Pashcoalim incluiu ainda um piso de demolição de bambu e tijolos ingleses para reforçar o estilo do espaço.
Loja CASACOR Duratex por Armazém do Marton
A proposta é inovadora: uma loja sustentável de 80 m² com estrutura de madeira controlada coberta por 25 m² de vegetação. “É o conceito da Casa Viva aplicado poeticamente em um templo de compras”, revela José Marton. Além do visual não convencional, o outro trunfo do projeto é a possibilidade total de reprodução da estrutura. “Nós trabalhamos com cenografia, por isso, temos uma grande preocupação com o descarte. Neste projeto, tudo foi pensado para não impactar negativamente o ambiente. A loja pode ser desmontada e montada em qualquer outro evento”, explica.
Jardim do Entardecer
O crepúsculo é o tema do ambiente de 28 m². As Hespérides, ninfas gregas que personificam o entardecer, foram a inspiração da designer floral Myriam Marques, que faz sua estreia na mostra. Um jardim vertical revestido de gramíneas e heras – mais uma inspiração na mitologia – recebe a impressão do rosto de uma deusa, criando harmonia entre a arte e vegetação. Oliveiras e romãzeiras em vasos reforçam a atmosfera onírica que presta homenagem ao feminino. Um banco de madeira ecológica convida o visitante a sentar e apreciar a paisagem.
Galeria de Arte
O espaço idealizado pelo arquiteto Luciano Dalla Marta, que assina todos os projetos da Urban Arts, traz o mood das mais importantes e modernas galerias de arte, criando um espaço funcional com projeto de iluminação desenvolvido especialmente para essa instalação inédita na mais ilustre mostra de arquitetura das Américas. Baseado na ideia de containers, traz a sensação de uma galeria de arte para a CASACOR. A iluminação especial para as obras em destaque, além do ambiente claro e limpo, oferece a calma para que os visitantes consigam absorver os detalhes, num projeto único com curadoria pensada para o público da mostra. Os arquitetos e os visitantes terão a oportunidade de comprar os quadros na própria loja e podem solicitar a entrega em casa.
Lounge da Editora Abril
A Igreja da Luz, premiado projeto do arquiteto japonês Tadao Ando, serviu de inspiração para a arquiteta Camila Szuminski e o designer de interiores Júlio Cesar Dantès criarem a loja de 16 m². Como a entrada de luminosidade era um dos grandes objetivos, o espaço é envolvido por muitos vidros. Nas paredes, o revestimento de concreto revela diferentes intensidades de cinza, fazendo contraste harmonioso com a mesa de madeira certificada e a estante em formato de L, que exibe revistas e objetos de decoração.
Lounge da Saída
Ao contrário do que uma primeira impressão possa sugerir, este ambiente não é um mero local de agem. Por meio da arte, a arquiteta Denise Monteiro criou um espaço de contemplação para vivenciar bons momentos. O crochê é um elemento fundamental do Lounge, presente em peças e oferecido como atividade ao visitante. Tons claros e ferrosos junto de um mosaico de madeira em uma das paredes criam uma atmosfera calma, natural e elegante, que convida a permanecer.