No dia 18 de maio (domingo), a partir das 14h30, uma das maiores especialistas em preservação audiovisual no Brasil, Débora Butruce, irá palestrar e debater com o público no evento que inaugura a série “Cinema Brasileiro: um olhar historiográfico”. Idealizada e produzida pela Fundação Maria Luisa e Oscar Americano (FMLOA), os quatro eventos da série acontecem em um domingo por mês, de maio a outubro, apresentando um breve panorama do cinema brasileiro. Bruno Carmelo é o responsável pela curadoria.
Buscando acompanhar o perfil historiográfico da FMLOA e retornar às origens da produção cinematográfica no país, “Cinema e preservação: como manter nossa produção audiovisual viva” é o tema do primeiro encontro. A série propõe jogar luz à uma questão central: Como o cinema brasileiro chegou ao seu estágio atual de reconhecimento, recompensas e atenção por parte do público? Para isso, é fundamental entender o processo de como as primeiras obras da cinematografia brasileira são preservadas e restauradas.
Para além de envolver diferentes aspectos e especificidades regionais, a preservação de obras audiovisuais é uma atividade complexa que nunca cessa; uma ação que se desenvolve no tempo e que exige manutenção constante. “A estabilidade é algo primordial nessa área. Apesar disso, no Brasil o campo parece sofrer de instabilidade crônica, o que provoca crises periódicas e afeta todo o ecossistema necessário para a salvaguarda do patrimônio audiovisual”, explica Butruce. “Precisamos de recursos estáveis e à altura da nossa responsabilidade cultural, social, econômica e política”, conclui a especialista.
Um olhar historiográfico sobre o cinema brasileiro é só mais uma das iniciativas culturais promovidas pela Fundação Maria Luísa e Oscar Americano, que, por meio de atividades artísticas e culturais, afirma seu interesse pelo cinema brasileiro enquanto cultura, memória e representação da realidade do povo brasileiro.
Sobre a palestrante
Débora Butruce é preservadora audiovisual, restauradora de filmes e curadora independente. Doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA-USP, possui 24 anos de experiência na área de preservação audiovisual. Já trabalhou em instituições como o Centro Técnico Audiovisual (CTAv), Arquivo Nacional, Cinemateca do MAM-Rio e em projetos com a Cinemateca Brasileira. Atualmente atua através de sua empresa, a Mnemosine, fundada em 2009, prestando serviços para instituições públicas e privadas de todo o Brasil. Seus trabalhos recentes incluem obras de cineastas como Geraldo Sarno, outros títulos de Jorge Bodanzky, Rogério Sganzerla, Suzana Amaral e seu clássico A Hora da Estrela (1985), relançado em circuito comercial em versão restaurada digitalmente através da Sessão Vitrine Petrobras, tendo sido uma das maiores bilheterias do projeto. É uma das fundadoras da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA), e faz parte da atual diretoria para o biênio 2024-2026.
SERVIÇO
Evento (palestra): Cinema e Preservação: como manter nossa produção audiovisual viva, com Débora Butruce
Dia 18/05, domingo, das 14h30 às 16h
Local: Fundação Maria Luisa e Oscar Americano: Av. Morumbi, 4077 – São Paulo (SP)
Ingressos pelo site do Sympla
Reservas pelo telefone: (11) 37420077
ATÉ O FIM DO ANO
Exposição “D. Pedro II, 200 anos – O homem revisto por documentos inéditos”
No ano de comemoração do bicentenário do segundo imperador do Brasil, a mostra “D. Pedro II, 200 anos – O homem revisto por documentos inéditos” apresenta ao público peças raras e pouco conhecidas que fazem parte do acervo da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano; com curadoria de Paulo Rezzutti e da pesquisadora Cláudia Thomé Witte.
A exposição ficará aberta ao público durante todo o ano de 2025. A Fundação Maria Luisa e Oscar Americano funciona de terça a domingo, das 10h às 17h30. Os ingressos custam R$ 40 (estudantes e maiores de 60 anos pagam meia). Todas as terças-feiras, a entrada é gratuita. Visitas guiadas, conduzidas pelos educadores da Fundação, podem ser agendadas pelo telefone ou WhatsApp (11) 91433-4685.