A Elefanta Bambi, 58 anos e 3,7 mil quilos chamou a atenção nos últimos dias entre os amantes dos animais. Embora os elefantes não seja animais típicos da fauna brasileira, encontrá-los por aí, nos zoológicos é muito fácil.
A maioria deles “aposentaram-se” porque estão doentes e não servem mais para as atrações dos circos, até porque esse tipo de “atração” está proibida no Brasil.
A história de Bambi não é muito diferente. Ela ou parte da vida no Circo Stankowich e morou no zoológico de Leme (SP) e depois foi transferida para Ribeirão Preto, onde dividiu espaço com outra elefanta, a Maison. Além do agravante de pouco espaço, ela não se adaptou ao local.
Esse foi um dos motivos que levou o Santuário a iniciar as negociações para ter a tutela do animal, em 2018. O imbróglio também foi parar no Ministério Público e um inquérito foi aberto. E por fim, entre quarta-feira da semana ada e domingo, ela foi transferida para o Santuário dos Elefantes, na Chapada dos Guimarães (MT).
De Ribeirão Preto até o Santuário são 1270 quilômetros e quem fez o transporte foi o cotiano Guidinho Fecchio. Ele participou nesta terça-feira (29), do programa Circuito News quando compartilhou a emoção de transportar uma carga tão pesada e valiosa.
Paciência, perseverança e cuidado, muito cuidado. “Uma freada brusca não pode acontecer de jeito nenhum”, lembrou Guidinho que no ano ado já transportou outra elefanta para o Santuário. O animal vai em pé durante todo o percurso que obriga várias paradas e uma grande retaguarda com veterinários, técnicos e apoio da Polícia Rodoviária Federal.
As paradas na estrada chamavam atenção. Quando as pessoas percebiam qual a carga estava no caminhão, queriam ver, tocar, tirar fotos.
Guidinho se disse impressionado com a inteligência e sensibilidade do animal que parecia que a princípio sentia medo e apreensão de entrar na gaiola do transporte – o que ocasionou atraso na viagem, “o tempo era dela, ela tinha que entrar na gaiola por livre vontade”. O medo talvez fosse pelo fato de toda as vezes que entrou em uma jaula de transporte pela frente viria mais sofrimento em um circo. “Ninguém, em nenhum momento, forçou a entrada dela na gaiola”, ressaltou.
“Emoção foi a palavra usada pelo empresário para qualificar a viagem. Muito gratificante saber que realizou um trabalho que vai dar mais qualidade de vida ao animal que vai receber o carinho e atenção que merece”, finalizou.
A história completa você acompanha no Circuito News, programa exibido pelo Facebook e pelo Youtube.
Por Sonia Marques