Nas últimas colunas, falei do outro lado do mundo. Já nesta, sugiro um lugar do ladinho do Brasil e que me surpreendeu muito! O Peru é um dos países mais completos que eu já fui e não exige muito dinheiro para uma experiência incrível, com beleza natural, gastronomia top de linha, receptividade e cultura popular à flor da pele. Lima é estonteante no quesito arte contemporânea (a começar por Mario Testino) e arquitetura, além dos outros fatores, e justifica a visita, mas o que mais me encantou foi Cusco.
A cada 30 minutos, tem voos de Lima à Cusco e, ao pousar, você já é abarrotado de ofertas de eios e atrações turísticas, mas a não ser que você vá ar um mês fazendo cada uma com muita calma, não dá pra fazer tudo. Aqui, vão as minhas dicas do que mais gostei dessa cidade tão aconchegante no meio das montanhas.
No quesito alimentação, não há porquê se preocupar. Todo canto tem comida gostosa. Para quem gosta de peixe e milho então, nem se fala. Ceviches de truta, principalmente, são deliciosos e prato típico, portanto acerto garantido. Já milho, se não me engano, são mais de 20 variedades nativas do Peru. Então, tem bolo, sopa, purê, salada e tudo que se pode fazer com milho verde, amarelo, roxo, doce…
Alguns restaurantes não saem da minha memória de jeito nenhum. Na Plaza de Armas, onde fica o centro turístico de Cusco, tem o Greens Organic, bem descolado e com direito a varandinha para a praça. Ah, e cheio de opções para os vegetarianos! Não muito longe dali tem também o Aymura, outro lugar super hype, com ambiente muitíssimo agradável e uma quiche de quinoa inacreditável. Para um jantar gostoso com mais opções locais, mas ainda num mood cool e moderno, o restauranta Morena tem o combo perfeito de serviço, ambiente, menu, atendimento e carta de vinhos.
Por fim, Faustina é o restaurante que eu mais fui. Além da sopa de maca peruana, infinitas opções mega locais, numa vilinha com música ao vivo toda noite, um coffee bar gestado por 3 irmãos e uma galeria de um artista local, Atelie Gutierrez. Prints íveis, modernos e ainda sim com características de referência mitológica inca bem claros.
Falando em arte local, uma das coisas que mais gostei de ver, principalmente pela sua singularidade, foi o museu Maximo Laura. Maximo, o artista em questão, faz quadros com pelo de alpaca tingidos, compondo peças extremamente vivas e expressivas. Fascinante!
E claro que os mercados de rua também têm muito de arte. Mas além disso, no Mercado de San Pedro, também tem uma diversidade linda de doces, comidas, brinquedos, ervas, elementos religiosos e de tudo um pouco.
Já em termos de eios, claro que alguns, mesmo que afastados da cidade, são imperdíveis, como Machu Picchu, Muray e as tão lindas Salineras de Mara. Mas imperdível para mim foram as montanhas coloridas de Vinicunca. Dá para fazer o day tour que sai umas 4h da manhã, além de ter que andar mais de 10km numa altitude de mais de 5mil metros de altitude. O topo é uma daquelas cenas que ficarão para sempre na memória. Claro, não adianta se forçar sem preparo físico, mas vale a pena se predispor a algum esforço para essa experiência.
Já dos eios na cidade de Cusco, eu diria que o que mais vale é o Cristo Blanco, Sacsaywaman e Templo de la Luna, principalmente com algum guia local que explique o peso do sincretismo e todo o processo de transformação da cultura andina em turismo. Aprendi muito com os locais. Eles são extremamente receptivos e vão adorar te contar o ponto de vista deles.
Cusco é o tipo de lugar que não tem como não gostar, porque só o andar pelas ruas já é um eio, as ruas de pedrinhas redondas e as lhamas dão a sensação de abraço, que se confirma com o soar das flautas dos artistas de rua. Para todas as idades e principalmente todos os bolsos, sendo extremamente ível e pertinho de casa.
SOBRE A AUTORA – Foi aos 16 anos que a jovem Layla Foz saiu da Granja Viana para ganhar, não só o mundo, mas seguidores nas redes sociais. Essa leonina, granjeira da gema, cresceu e apareceu. Começou com o blog “Aos Olhos de Quem Vê” e hoje mantém um canal sobre lifestyle no Instagram, com 138 mil seguidores. Isso sem falar no site CallMeLayla, em que comercializa produtos de moda com pegada sustentável. Mora no Havaí, viaja pelos quatro cantos do mundo e influencia por onde a.