Marcos Sá escreve sobre fatos de um mundo “enlouquecido”

Nosso colunista escreve que o "nosso planetinha velho de guerra dá sinais de insanidade. Não o planeta em si, mas os governos dos países que nele se instalaram".

Definitivamente, o mundo enlouqueceu. Nosso planetinha velho de guerra dá sinais de insanidade. Não o planeta em si, mas os governos dos países que nele se instalaram. Aos fracos de estômago, recomendo pararem a leitura desse texto por aqui. Vai doer. A seguir, teremos fatos do mundo real em que vivemos e que a mídia global tem procurado omitir. Começando pela nossa pobre e populista América “Latrina”. Nossos “hermanos” argentinos vivem o maior índice de pobreza da história, com a inflação mais alta do planeta, batendo a casa dos 150% ao ano! Até o Sarney acha um exagero, mas a ironia é que o atual Ministro da Fazenda, Sergio Massa, responsável por esse desastre econômico e humanitário, obteve 46% dos votos nas eleições à Presidência da República. É o tango do eleitor doido. Na Venezuela, o mesmo fenômeno acontece. Povo na miséria, corrupção rolando solta, narcotráfico no comando, uma diáspora gigantesca e o atual governo leva todas as eleições. Não sabemos como, mas leva. Na Amazônia e no Pantanal, os incêndios aumentaram barbaramente. A floresta arde em chamas. Vídeos postados pelos manauaras circulam mostrando a fumaça que sufoca a cidade de Manaus e outras da região. Rios amazonenses, outrora caudalosos, expõem até os botos cor de rosa e arreganham seus leitos secos aos olhos dos falsos defensores da região, que se calam num silêncio ideológico. Leonardo di Caprio, Greta Thunberg, Marina Silva e ONGs de fachada engolem a fumaça com a boca seca e molham a goela em alto estilo nos convescotes e mordomias das viagens pelo mundo com suas palestras inúteis. Chuvas calamitosas paralisaram São Paulo e a ENEL deixou milhões sem energia por dias. A ANEEL, agência reguladora do Governo Federal, deveria fiscalizar a ENEL, mas virou cabidão de empregos e serve só para acomodar incompetentes. E o povo que se lasque. A Bahia segue batendo recordes de violência urbana e tem a PM mais letal do país, mas o governo baiano segue de boa no comando, meu rei. Preciso falar da violência no Rio de Janeiro? A rainha do tráfico, em visita oficial ao Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, é super bem recebida! Bingo! E a vida continua. Até aí nenhum pedido de explicação em até 24h, de ninguém para ninguém. Tudo segue normal. A Rússia continua sua saga expansionista e vai invadindo países sem a menor cerimônia. Invade e destrói países vizinhos sob o olhar complacente da ONU que fica só no blábláblá, enquanto isso milhares de vidas são ceifadas. E daí? Tem até presidente que acha que a culpada pela invasão russa à Ucrânia é a invadida Ucrânia! Será que a Ucrânia deveria se desculpar por estar sendo invadida? E, finalmente, chegamos à maior barbárie desse milênio: o genocídio cometido pelo grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023, contra crianças e civis judeus em Israel. Uma atrocidade indescritível, com requintes de crueldade, sequestro de reféns e assassinatos em massa. Israel revidou e saiu em busca dos reféns escondidos pelos selvagens terroristas na faixa de Gaza. Esses terroristas se utilizam de crianças como escudo humano. O conflito na região envolveu outro grupo terrorista antissemita, o Hesbollah. A Rússia apoia o Hamas e os Estados Unidos apoiam Israel. O conflito tem potencial para eclodir uma terceira ­guerra mundial. Mais uma vez, a ONU não diz a que veio e nada faz de prático. O Brasil, que já foi chamado de anão diplomático, não reconhece o Hamas como grupo terrorista – e, pasmem, critica Israel. Já vivemos duas guerras mundiais com direito a duas bombas atômicas, um holocausto, massacre dos nazistas alemães que dizimou 6 milhões de judeus e um holodomor, ação de Stalin contra ucranianos nos anos 30 que ceifou a vida de 14 milhões de pessoas. Não tava na hora do planeta dar uma chacoalhada no corpinho e espantar essa vibe negativa? Ou tomar juízo e ir ao divã?


Por Marcos Sá, consultor de mídia impressa, com especialização em jornais, na Universidade de Stanford, Califórnia, EUA. Atualmente é diretor de Novos Negócios do Grupo RAC de Campinas

 

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