Em novembro de 2001, já noticiávamos em nossas páginas sobre a possível mudança de endereço da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado (Ceagesp). De acordo com João Carlos de Souza Meirelles, então secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, estava em negociação com o governo federal a transferência para o trecho oeste do Rodoanel. Ele já dizia, na época, que a sede na Marginal Pinheiros, projetada nos anos 50, estava defasada: “por sua causa, circulam muitos veículos por dia em São Paulo. É preciso aliviar o tráfego, indo para o Rodoanel”.

Vinte anos depois, a novela continua. O último capítulo aconteceu em 2019, quando o governador João Doria teve reunião com o presidente Jair Bolsonaro e ficou definido que a Ceagesp seria transferida da União para o governo de São Paulo e mudaria de endereço até o fim de 2020. Veja bem: o prazo acabou.

A obra estava estimada em R$ 1,9 bilhão e foram recebidas as seguintes sugestões:

1) Companhia Paulista de Desenvolvimento (D): terreno de 2 milhões de m² na avenida Raimundo Pereira de Guimarães. A proposta é operar com área construída de 482 mil de m².

2) Ideal Partners: imóvel em Santana do Parnaíba com 4 milhões de m² e sugestão de operar com área construída de 1 milhão de m². O o é pelo Rodoanel Oeste e rodovias Castello Branco e Anhanguera.

3) Fral: terreno na Lagoa de Carapicuíba, com o pelo Rodoanel Oeste, com 1,9 milhão de m² no total e área construída sugerida de 864 mil m².

4) Nesp: área com 4 milhões de m² no km 26 da Rodovia dos Bandeirantes, com o pelo Rodoanel Oeste. A área construída não foi especificada.

Estamos em 2021 e nada avançou ainda.

Por Juliana Martins Machado

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