Primeiro dia tocando a água. Com esta postagem feita em sua rede social, acompanhada desta foto, Igor Garcia comemorou o relaxamento da quarentena em Saint Petersburg, na Flórida. Desde segunda, o estado americano – com exceção dos condados de Miami-Dade, Broward e Palm Beach, os mais afetados pelo novo coronavírus – iniciou uma saída gradual da quarentena. “Parques públicos e praias foram reabertos. Restaurantes e lojas estão funcionando só com 25% capacidade interna”, conta o granjeiro, que mora há 13 anos no local.
Durante o período de quarentena, imposto no final de março e começo de abril, apenas os principais serviços da cidade estavam funcionando normalmente e as praias, fechadas. “Mas podíamos nos exercitar em parques, o que foi muito bom. Mesmo assim, tínhamos o toque de recolher entre 22h e 5h”, relembra. Aproveitando esta medida de poder caminhar nas ruas e em parques, ele sempre saia com seu filho Isaac, de 6 anos, “para se exercitar, praticar futebol, baseball e andar com nosso cachorro”.
Como Igor é diretor de Parceria Estratégica e Desenvolvimento de Negócios da JAS, ele continuou trabalhando normalmente neste período. Dois dias em home office (em casa) e três dias in office (no escritório). “Como somos uma empresa que presta alguns serviços ao governo na área especial, petróleo e mineração, fomos classificados como “essenciais” e continuamos abertos, mas tendo que seguir as normas do CDC (Center Of Disease Control)”, comenta.

Apesar do início de medidas menos restritivas, a distância física de 6 pés – 1m82 – entre as pessoas e a proibição de que mais de dez se reúnam continuará sendo obrigatória na Flórida. E parte do comércio vai continuar fechado. Com exceção de cinemas, bares, academias de ginástica, salões de cabeleireiro e outros estabelecimentos de serviços pessoais, todas as demais empresas podem funcionar, embora algumas tenham de operar sob certas restrições. “Muitas empresas ou pequenos negócios, infelizmente, acabaram fechando as portas durante este período, mas a comunidade é muito unida e estamos ajudando os mais necessitados com doações de comida e a pagar algumas contas básicas, como aluguel e luz”, comenta.
Quando questionado sobre quando acha que tudo voltará à normalidade, Igor aposta que não vai demorar muito, embora sua previsão inicial (final de abril) já tenha falhado. “Está machucando muito a economia local e do estado. Mas isso depende de cada condado, pois alguns estão com normas mais rígidas”, diz. Apesar de tudo, ele é categórico em dizer que não podemos parar de correr atrás de seus sonhos. “São nos momentos mais difíceis onde aprendemos e crescemos mais”, aposta.
Por Juliana Martins Machado