Pessoas com necessidades especiais têm tratamento odontológico gratuito na USP

O grupo de pacientes atendido engloba aqueles com deficiências físicas e mentais, síndromes de malformação, doenças infecto-contagiosas, como pacientes HIV positivos, e sistêmicas, como cardiopatologia e hepatopatologia

O Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (Cape), da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, em São Paulo, oferece tratamento odontológico gratuito e completo para pessoas com dificuldade em encontrá-lo em centros públicos e clínicas particulares. O grupo de pacientes atendido engloba aqueles com deficiências físicas e mentais, síndromes de malformação, doenças infecto-contagiosas, como pacientes HIV positivos, e sistêmicas, como cardiopatologia e hepatopatologia.

O centro conta com 12 consultórios, além do centro cirúrgico. O Cape realiza atendimentos nas áreas de prevenção, semiologia (em que sinais não verbais do paciente são analisados), periodontia (análise de tecidos próximos à arcada dentária), dentística, cirurgia, endodontia (em que se analisa a raiz dos dentes e a polpa), prótese dental e ortopedia funcional dos maxilares.
Em média, mil pacientes são atendidos por mês, selecionados por meio de uma triagem anual. Para 2019, a lista já está fechada. Marina Gallottini, professora da FO e coordenadora do Cape, explica que a procura por atendimento é muito grande, não só por sua gratuidade, mas também pela especialização do centro. “Dentistas particulares e centros de especialidade odontológica têm dificuldade em atender pessoas com determinadas doenças.”
Thiago Lopes dos Santos, paciente do Hospital do Rim, elogia a estrutura física do centro. “Tudo de ponta, material de primeira linha, um centro cirúrgico muito bem estruturado”. Morador de Cotia, ele ouviu falar do Cape durante suas viagens até o Hrim. No dia da entrevista, ele faria sua primeira extração dentária. “A doutora é excelente e muito educada. O pessoal da recepção também é muito bacana.”
Marilei de Anísio também é uma das atendidas no centro da USP. Em setembro do ano ado, ela começou o seu tratamento depois de encaminhamento do Hospital do Rim (Hrim) de São Paulo. “Hoje, eu vim tentar tirar outro dente”, conta sem demonstrar medo. A paciente já extraiu outros dois dentes no Cape. “Não sangrou muito. Fui bem atendida, os profissionais são muito educados.”
Ela conta que tentou tratamento em outros lugares, mas sem sucesso. “Ninguém quer mexer nos meus dentes, nem dentistas particulares, por causa do meu problema nos rins. Eles têm medo. No posto de saúde, demora de seis meses a um ano.” Quando chegou ao Cape, Marilei se sentiu bem assistida pela primeira vez. “Eles nos tratam igualmente, não tem branco, preto, rico ou pobre. Eu acho excelente.”
Fonte: Jornal da USP
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