De acordo com um estudo britânico publicado por pesquisadores do King’s College London, se uma pessoa tem mais de 11 pintas no braço, ela pode ter um risco maior que a média de desenvolver câncer de pele do tipo melanoma.
A pesquisa, que usou dados de três mil gêmeos no Reino Unido, concluiu que as pintas do braço são uma boa amostra do total de pintas do corpo. Quem tem mais de 11 manchinhas no braço direito tem mais chance de ter mais de 100 pintas no corpo inteiro e, consequentemente, possui risco maior de desenvolver um melanoma – tipo de câncer de pele menos comum, porém mais letal que o não melanoma.
Os melanomas geralmente são pontos na pele que começam a se tornar escuros e a crescer. Podem aparecer em um ponto novo da pele ou sobre uma pinta pré-existente, que começa a mudar de forma e cor. Por isso, o risco do melanoma está relacionado ao número de pintas que o paciente tem.
Os pesquisadores orientam levar em conta as pintas do braço – circulares, uniformes, de coloração marrom escura -, e não as sardas, que são mais claras e muitas vezes temporárias.
Para os pesquisadores, clínicos gerais poderiam usar essa técnica para identificar pacientes com um risco maior que a média de desenvolver melanoma.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, houve estimados 5,8 mil novos casos de melanoma no Brasil em 2014, e 182 mil de não melanoma.
Mas a presença de pintas não significa que a pessoa necessariamente terá câncer, apenas que seu risco de desenvolver a doença é maior e que ela deve tomar mais precauções, como usar protetor solar com frequência.
E é bom lembrar que a maioria das pintas é inofensiva. Devemos ficar atentos quando nossas pintas ganham coloração e formas assimétricas, quando elas aumentam de tamanho ou quando ficam inflamadas, sangram, formam casquinha ou causam coceira, informa o Sistema Público de Saúde britânico.
Por Giovanna Chagas