São Paulo recebe a 30ª edição do festival “É Tudo Verdade”

Entre longas, médias e curtas-metragens, a edição de 2025 exibirá 85 produções de 30 países.

De 3 a 13 de abril, cinco salas de cinema em São Paulo e três no Rio de Janeiro recebem simultaneamente a 30ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários. Entre longas, médias e curtas-metragens, a edição de 2025 exibirá 85 produções de 30 países. O Programa Especial 30! rememora a trajetória do festival que inclui ainda conferências, debates e sessões em streaming.O programa do É Tudo Verdade estrutura-se em :

Mostras Competitivas

  • Longas/Médias-Metragens Brasileiros
  • Longas/Médias-Metragens Internacionais
  • Curtas-Metragens Brasileiros
  • Curtas-Metragens Internacionais

Mostras Não-Competitivas

  • Programas Especiais
  • O Estado das Coisas
  • Foco Latino-Americano
  • Clássicos É Tudo Verdade.

Os documentários brasileiros que narram as trajetórias da cantora Rita Lee e da atriz Marília Pêra terão pré-estreia mundial nas sessões de abertura. Ritas, de Oswaldo Santana, será exibido aos convidados no dia 2 de abril, às 20h30, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. A abertura para convidados no Rio de Janeiro exibirá Viva Marília, de Zelito Viana, no dia 3, às 20h30, no Estação Net Botafogo.

Atriz Marília Pêra (Ana Paula Migliari/TV Brasil)
Atriz Marília Pêra (Ana Paula Migliari/TV Brasil)
São dois filmes que celebram duas artistas brasileiras essenciais do século 20. É muito bacana também que são filmes estilisticamente muito diferentes. E é muito bacana ver que o documentário brasileiro tem se sofisticado. E esses filmes são muito diferentes do convencional que mostra do nascimento à morte”, disse o diretor-fundador do festival, Amir Labaki.
São Paulo (SP) - Apresentação da cantora Rita Lee no Festival do Chocolate, em Ribeirão Pires, em 29.07.2011. Foto: Flickr/Carol Mendonça
Cantora Rita Lee – Foto: Flickr/Carol Mendonça
O encerramento do festival exibirá Trens, de Maciej J. Drygas, que mostra uma viagem de trem artística e reflexiva pela Europa do século 20, composta inteiramente por imagens de arquivo, que revela como a maravilha do movimento pode se tornar uma maldição.

“Ele traz a história dos trens e com isso a história social da economia, sobretudo europeia e da história da Europa, a partir do dos trens que esse elemento marcadamente cinematográfico. E esse é o documentário mais caro já feito na Polônia. O filme tem uma importância pela forma como ele mexe com o arquivo. E deve levantar uma questão importante, sobre a qual precisamos refletir, que é o quão caro ficou trabalhar com arquivo”, ressaltou Labaki.

Brasília - Diretor Vladimir Carvalho é homenageado durante o 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (Wilson Dias/Agência Brasil)
Obra do diretor Vladimir Carvalho recebe homenagem no É Tudo Verdade deste ano – Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
O festival homenageia este ano a obra de Vladimir Carvalho (1935-2024), um dos cineastas mais marcantes na história do É Tudo Verdade, com a exibição dos nove longas-metragens por ele realizados em mais de meio século. 

A retrospectiva internacional destaca a obra do diretor britânico Humphrey Jennings (1907-1950), considerado o primeiro poeta da produção não-ficcional inglesa. O ciclo apresenta oito de seus clássicos, entre eles Fires Were Started (1943) e Family Portrait (1950), e um documentário sobre a sua obra, dirigido por Kevin Macdonald, vencedor do Oscar de 1998 com Um Dia Em Setembro.

A celebração dos 30 anos ininterruptos de É Tudo Verdade traz o Especial 30!, com projeções e encontros, exibindo três documentários marcantes da história do evento. O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes, de Toni Venturi, e Noel Field – A Lenda de Um Espião, do suíço Werner Schweizer, foram os primeiros vencedores das mostras competitivas da segunda edição, em 1997.

Também ganha nova sessão especial o clássico Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho, que inspira a capa do catálogo da 30ª edição.

O É Tudo Verdade terá ainda uma cerimônia de premiação e um seminário com quatro cineastas brasileiros que venceram a mostra competitiva em outras edições: Eliza Capai, Joel Zito Araújo, Paulo Sacramento e Roberto Berliner.

Outra atividade paralela do festival é a 22ª edição da Conferência Internacional do Documentário, em co-realização com a Cinemateca Brasileira, e os encontros da Formação Spcine Convida.

“O fato deste festival alcançar neste ano sua 30ª edição confirma antes de tudo nossa confiança inicial: o documentário estava a exigir uma janela anual específica no país que propiciasse o o do público das salas à excelência e à originalidade da produção não-ficcional brasileira e internacional”, avalia Labaki.

A 30ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários conta com patrocínio do Itaú, parceria do Sesc-SP e apoio cultural da Spcine, da RioFilme, do Galo da Manhã e do Itaú Cultural. A realização é do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei N. 8313).

Onde assistir em São Paulo:

30º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários
Diretor-fundador: Amir Labaki

CINEMATECA BRASILEIRA
Sala Grande Otelo – 210 lugares
Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino
Metrôs próximos: Hospital São Paulo (Linha 5 – Lilás) ou Vila Mariana (Linha 1 – Azul)

CINESESC
279 lugares
Rua Augusta, 2075 – Cerqueira César
Metrô próximo: Consolação (Linha 2 – Verde)

CENTRO CULTURAL SÃO PAULO
Sala Lima Barreto – 99 lugares
Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade
Metrô próximo: Vergueiro (Linha 1 – Azul)

CENTRO DE PESQUISA E FORMAÇÃO SESC SÃO PAULO
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar
Bela Vista – São Paulo – SP
Metrô próximo: Trianon-Masp (Linha 2 – Verde)

IMS – INSTITUTO MOREIRA SALLES
144 lugares
Avenida Paulista, 2024 – Bela Vista
Metrôs próximos: Consolação (Linha 2 – Verde) ou Paulista (Linha 4 – Amarela)

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